A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL TEM CORPO, MAS NÃO TEM ALMA
Só se fala nela. Aqui também é assim. Mas hoje, ao ler um texto claramente elaborado por uma I.A., me surgiu um sentimento que resolvi escrever a respeito.
Quem estuda um pouco mais a fundo o uso da I.A. começa a perceber, sem muito esforço, quando um texto foi feito por ela.
Na escola, no trabalho, entre colegas… é perceptível a diferença de quem escreveu.
Todas as vezes que leio um texto de alguém que admiro, que gosto das ideias, eu me sinto em contato com aquela pessoa, com os seus valores, com o seu conhecimento, com os seus princípios, de certa forma com a sua intimidade.
A única chance de “estarmos” com pessoas magníficas que de modo algum teríamos essa oportunidade.
O texto é a exteriorização daquilo que o seu coração e a sua cabeça estão cheios. E quando uma pessoa escreve, conhecemos e esperamos o jeito dela, a sua ironia, os seus trejeitos na escrita e até os seus erros.
Quando um texto é reescrito ou elaborado por uma inteligência artificial, o que teremos nada mais é do que um sentimento artificial.
Do ponto de vista redacional, o texto estará impecável, coeso, bem estruturado… Porém, o seu texto terá corpo, mas não terá alma.
E isso é extremamente importante e valioso. Fazendo um paralelo, já notou a diferença entre algo artesanal, “feito a mão”, em comparação para algo industrializado? Viu a diferença de valor? Porque feito a mão tem alma, tem história, tem contato, tem gente. Sempre foi assim.
A internet primeiro afastou fisicamente as pessoas, mas elas ainda conseguiam se “ver” em meio aos textos, posts, vídeos e fotos.
Agora, a mesma internet está nos afastando virtualmente. Não nos conhecemos mais nas fotos editadas (cheias de filtros e efeitos), nos comentários e curtidas robotizados etc.
O golpe derradeiro vem da I.A., que definitivamente eliminará o resto de humanidade que tínhamos por aqui. O ciclo da artificialidade está completo.
Pessoas já sentem o golpe. O uso da internet vem caindo. Que ironia, a internet está nos tirando da internet.
A internet jamais deixará de existir, mas da forma como a conhecemos sim. Possivelmente, seremos a última geração a usá-la como meio de interação e não exclusivamente ferramenta de trabalho ou mera “facilitie”.
Obs.: a i.a. me ajudou com a imagem, jamais com o texto! Facilitie!
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